Cena Curta “As Peles que Habito” e espetáculo “Oralidanças: dizeres do Corpo Emergente”

(Programação com Interpretação em LIBRAS)

 

Cena Curta: AS PELES QUE HABITO

Cleber Alves

Classificação: Livre
Duração: 6min e 24s
Ano de estreia: 2021
Instagram: @clebergestoalves

Mostra de Espetáculo: ORALIDANÇAS: DIZERES DO CORPO EMERGENTE

Cia Balé Baião

Classificação: Livre
Duração: 50min e 31s
Ano de estreia: 2021
Instagram: @ciabalebaiao

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Sobre as obras
Cena Curta: As peles que habito

A proposta do trabalho é de caráter eminentemente criativo e provocativo. Um solo e surge das questões sociopolíticas do corpo negro, gay, marginalizado e periférico que se arrisca diariamente para simplesmente poder existir. O corpo é espaço e tempo, é morada de memórias, afetos e histórias. Quem diria ser eu esse corpo sufoco que clama e reclama? Sim, um corpo visceral, com sintomas e marcas de um lugar distante, mas bem aqui em mim. Sinto dançar várias memórias em mim, que aos poucos compõem o meu percurso em/com dança. Para onde vou? Onde desejo chegar? Sou um corpo homem e mulher. Trago em mim marcas da dor da perda, do olhar singelo e perdido, do corpo enrijecido. Sou olhar desconfiado que caminha para lugar nenhum. Sou negro dançante, do tempo, no percurso do vento, no expiralar do movimento. Sou respiração! Minha pele é terra, barro….O processo aqui é resultado de uma investigação corporal que unifica técnicas de danças contemporânea traçando paralelos entre o ‘’corpo negro interiorano, feminino e verticalizado’’.

Ficha Técnica

Criação e Performance: Cleber Alves / Direção-geral: Cleber Alves / Orientação/Interloculação: Emyle Daltro/ Confecção de figurino: Rita Andrade / Trilha, desenho de som e intervenção sonora: Filipe Evans e René Aubry – música (Night Rum) / Captação e edição de imagens: Filipe Evans / Design Gráfico: Emanuel Gomes e Filipe Evans / Foto: Filipe Evans

Espetáculo: Oralidanças

O termo “ORALIDANÇAS” funde “oralidades” e “danças”, palavras que trazem em comum o “corpo-memória” como plataforma viva e pulsante de conhecimentos singulares e coletivos, incessantemente se atualizando e reconfigurando suas dinâmicas de presença, existência e interferência no mundo.  Nas tradições e cosmo-percepções de matrizes africanas e indígenas, não existem separações entre palavra e corpo, entre fala e movimento e muito menos entre arte, espiritualidade e ética. Todas essas instâncias se conectam e se materializam no corpo que se expressa e transmuta-se.

A obra subdivide-se em três atos dançantes: 

1°:  O rito. Três mulheres distintas evocam memórias de ritos ancestrais femininos. Rezas e banhos, ervas de terreiro, macerações, fogareiro aceso e espadas de Santa Bárbara, portal sagrado de revelação, transe e cura. 

2°: O manifesto. No tronco cortado se equilibram duas corpas, tensão que pontua estados de resistência e reinvenção frente a conjunturas de fascismo, homofobia, violência, chacina e destruição dos ecossistemas. Troncas velhas, rebentos novos, convocação de ontem e hoje.

3°: A utopia. Um liquidificador, galhos de urucum e uma pessoa que tem fome. Instalação crua. Seria uma visão pós-apocalipse ou uma tragédia vigente em plena nova era? O que comer nesse deserto se tudo deixou de ser alimento e virou pasto de gado?

Ficha Técnica

Dançantes-criadoras/criadores: Edileusa Inácio, Vaneila Ramos, Agricelha Andrade, Idell Andrade, Gil Oliveira e Cacheado Braga. / Trilha sonora: Ernany Braga e Gerson Moreno. / Percussão: Cacheado Braga.  / Figurinos: Edilene Soriano. / Orientação dramatúrgica: Liliana Matos. / Direção: Gerson Moreno.

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